Muito se fala de estratégias miraculosas de investimentos, que fazem as pessoas ficarem ricas da noite por dia. Mas, qualquer investidor com um pouco mais de experiência sabe que isso não existe. Geralmente quando as promessas de ganhos são muito grandes, escondem grandes armadilhas, por isso a necessidade de pensar muito no portfólio de investimento.

“É preciso muito cuidado quando pensamos em investimentos, pois as pessoas não percebem que existem passos que dever ser realizados antes. Um ponto muito importante é ter esse dinheiro atrelado a sonhos, devendo ser esses de curto, médio e longo prazo”, explica o presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos.

Mas, isso significa que não vale a pena investir? Não, muito pelo contrário, investir se mostra uma estratégia básica para que as pessoas possam ampliar seus patrimônios e repor as perdas inflacionárias. Mas, para isso é fundamental estratégias inteligentes.

“Investir é uma jornada repleta de oportunidades e desafios, mas a chave para o sucesso financeiro reside na elaboração de um portfólio de investimentos que se alinhe perfeitamente com seus objetivos e tolerância ao risco. Por isso delimitei passos essenciais para criar um portfólio perfeito, desde a definição dos objetivos até a gestão inteligente dos ativos”, explica Robinson Trovó, CEO do Centro de Inteligência Financeira Rhova e Diretor de Gestão da LTA Asset Management.

Trovó detalhou quatro passos a serem tomados antes de montar um portfólio de investimentos. Vamos a eles:

1. Definindo os objetivos financeiros

O primeiro passo crucial para elaborar um portfólio de investimentos é definir claramente seus objetivos financeiros. Antes mesmo de começar a investir, é fundamental entender o que se deseja alcançar. Seja para curto, médio ou longo prazo, é importante determinar se o foco está na aposentadoria, na geração de renda mensal, na proteção contra a inflação ou no crescimento patrimonial.

2. Escolhendo a combinação certa de ativos

Com os objetivos estabelecidos, o próximo passo é selecionar a combinação adequada de ativos para compor o portfólio. Existem diversas classes de ativos disponíveis, como grandes empresas, renda fixa, investimentos internacionais e fundos imobiliários. A alocação de cada ativo deve ser feita de acordo com o objetivo específico de investimento.

Por exemplo, se o foco é o aumento do patrimônio, pode-se dar maior peso às grandes empresas; se o objetivo é combater a inflação, os investimentos em renda fixa atrelados ao IPCA podem ser prioritários; enquanto para a geração de renda mensal, os fundos imobiliários podem ser mais vantajosos.

3. Momento ideal para investir

Um dos erros mais comuns dos investidores é não considerar o momento ideal para investir. Ao invés de seguir impulsos emocionais, é crucial estar atento aos sinais do mercado. Em períodos de queda ou desconto significativo, conhecido como risco sistêmico, surgem excelentes oportunidades de compra. Evitar investir durante períodos de euforia, especulação ou baseando-se apenas em notícias momentâneas é fundamental para o sucesso a longo prazo.

4. Estratégias de compra e venda

Para otimizar os retornos e gerenciar o risco, é essencial adotar estratégias de compra e venda bem definidas. Ao comprar ações, é recomendável aguardar descontos significativos em relação aos picos históricos de preço, geralmente em torno de 20%. Além disso, estabelecer critérios claros para a venda, como alcançar um determinado percentual de lucro, pode ajudar a maximizar os ganhos e proteger o capital investido.

Em resumo, elaborar um portfólio perfeito de investimento requer um planejamento cuidadoso, uma compreensão profunda dos objetivos financeiros e uma abordagem disciplinada para tomar decisões de investimento. Ao seguir os passos descritos acima e permanecer focado em sua estratégia a longo prazo, os investidores podem aumentar suas chances de sucesso e alcançar suas metas financeiras.