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Ameaça da inflação deve ser combatida com educação financeira

04/03/2022

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Muito famoso no passado, o temido dragão da inflação voltou às pautas nos últimos meses e tem causado grande preocupação, tendo como o principal vilão o preço do tomate, com elevação de 122,13% em 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Realmente estamos em um período de alta de preços, mas é importante reforçar que os índices inflacionários ainda não dispararam, muito pelo contrário, isso dificilmente acontecerá, principalmente pelo impacto político que este número tem. Mas as noticias mostram que este índice não está adormecido, por isso, todo cuidado é pouco.Assim, medidas devem ser tomadas para que os aumentos de preços não tenham reflexos diretos no cotidiano, tendo em mente que os índices já estão menores. Recentemente, o IBGE divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, usada como base para as metas do governo, apresentou variação de 0,47% março – taxa inferior à registrada no mês anterior, de 0,60%.Mas como fazer com que a alta dos preços não ocasionem prejuízos e desespero? O primeiro passo é manter a calma. Muitas pessoas lembram o período quando a inflação era monstruosa e, por isso, já ligaram o sinal de alerta, mas é importante não se desesperarem, pois isto só prejudicará a situação; uma corrida às compras para armazenar produtos só ocasionará um cenário no qual a inflação será ainda maior.A saída é a educação financeira, fazendo com que a pessoa considere o fator inflacionário na hora de seu planejamento financeiro. Tenha em mente que uma inflação na faixa dos 4% ou 5% pode – e vai – comprometer o seu poder de compra e o desempenho dos seus investimentos, se não houver cuidados. É preciso proteger o seu dinheiro e, para isso, o principal caminho é definir os sonhos de curto, médio e longo prazos que deseja realizar e investir o dinheiro, pois o rendimento anulará a inflação.O índice inflacionário não poupa ninguém. Ele pode comprometer os ganhos de qualquer tipo de aplicação financeira. Por isso, vale acompanhar os índices inflacionários. O IPCA é o indicador utilizado na política de metas inflacionárias do governo. No entanto, quando o assunto é finanças pessoais, também é importante acompanhar o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado).O IGP-M é utilizado porque afeta mais diretamente o bolso do consumidor. Esse indicador inflacionário é utilizado, por exemplo, para contratos de aluguel, reajustes de tarifas públicas e planos ou seguros de saúde.Sobre a relação da inflação com o consumo, uma ideia bastante comum é a de parcelar compras com prestações fixas. Realmente, esta opção é tentadora, mas, pode ter certeza que incidirá nos valores das prestações, por mais que seja dito que a taxa é zero, tenha em mente, nenhuma instituição emprestará dinheiro para você se não tiver nada em troca.Sobre armazenar produtos, também alerto para um risco. As pessoas passam a armazenar, muitas vezes, desordenadamente, o que faz com que compre coisas que não são realmente necessárias, em quantidades excessivas e que perdem as validades rapidamente. Isso faz com que o desperdício seja muito grande e os prejuízos financeiros maiores ainda. Assim, para armazenar, é preciso controle saber o que já tem e o que realmente utiliza.Mas o mais importante nesse período é evitar deixar o dinheiro parado, sem aplicações; dinheiro sem direcionamento será rapidamente desvalorizado. Pesquise e veja quais são as linhas de aplicação financeira que mais respondem aos seus interesses, sempre lembrando de dividir os sonhos em curto, médio e longo prazos.Por fim, por mais que as notícias sobre a inflação sejam assustadoras, não se deve entrar em desespero. É muito difícil que retomemos as taxas inflacionárias que tínhamos há 20 anos, assim, mais do que nunca, é hora de pensar na educação financeira, pois esta, com certeza, fará com que os impactos sejam muito menores no seu dia-a-dia.Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e Editora DSOP e da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), autor dos livros Terapia Financeira, Eu mereço ter dinheiro!, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país, Apostila de educação financeira para o ensino EJA e Jovem Aprendiz.Fonte:http://www.infomoney.com.br/blogs/financas-em-casa/post/2738531/ameaca-inflacao-deve-ser-combatida-com-educacao-financeira

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