Endividamento em 80% das famílias – veja 7 passos para sair dessa situação
04/03/2022
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Cada vez mais os brasileiros se vêem em situação de endividamento. Essa é a comprovação do levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgado nesta segunda-feira (10/10).
Segundo os dados relativos ao mês de setembro, 79,3% do total de lares no país possuem dívidas.
Outro dado preocupante é que esse quadro se agrava para as famílias de baixa renda, sendo que o endividamento superou 80% nos lares com renda inferior a 10 salários-mínimos.
Concordamos que esse número é assustador, certo? Mas, qual o caminho para sair dessa situação?
O primeiro passo para quem enfrenta problemas financeiros é não entrar em desespero, colocar os pés no chão, encarar a realidade e, é claro, se planejar para sair dessa situação de endividamento de forma definitiva.
Eu costumo dizer que ter dívidas não é um problema e muitos me questionam, mas a verdade é que o maior problema é não conseguir arcar com esse compromisso, que é justamente o que acontece atualmente com milhões de brasileiros.
É preciso mudar o comportamento em relação ao uso do dinheiro para construir uma vida mais sustentável financeiramente, tratar o problema na raiz, evitando, assim, entrar num ciclo de endividamento.
Agora, para ajudar as famílias nessa situação, separei algumas orientações simples que podem mudar essa realidade.
7 passos para se livrar do endividamento definitivamente
1- Anote todas as dívidas
Colocar na ponta do lápis todas as dívidas que possuir, separando as que correspondem a serviços e produtos de necessidade básica, que não podem ser cortados (como água, energia elétrica, gás e aluguel).
E as que sofrem juros mais altos (como cartão de crédito e cheque especial), considerando essas como prioridade para pagamento.
Antes de sair se enrolando para pagar, faça um diagnóstico financeiro, para saber como pode diminuir as despesas mensais, fazendo sobrar dinheiro para pagar as dívidas em atraso.
2- Anote todos os seus gastos durante o período de 30 dias
Anote durante 30 dias todos os gastos que tiver, separando por tipo de despesa. Isso inclui gastos “pequenos”, que podem até ser considerados menos importantes, como gorjetas e guloseimas.
Assim, no final do período será possível compreender de que forma, efetivamente, seu dinheiro está sendo gasto.
Reflita sobre os hábitos e comportamentos que o levaram a chegar nessa situação, assim saberá o que deve mudar e quais gastos irá reduzir ou eliminar.
3- Negocie apenas uma dívida
Tenha em mente que só se deve negociar uma dívida quando se tem condições de fazer isso. Afinal, um passo precipitado pode piorar a situação.
Portanto, só se deve procurar um credor quando já souber quanto terá disponível mensalmente para pagar e, então, poder negociar.
4- Cuidado ao trocar uma dívida por outra
Trocar uma dívida pela outra nem sempre é a melhor alternativa. É claro que o crédito consignado, por exemplo, oferece juros baixos em comparação ao cartão de crédito, cheque especial e financiamentos, já que o pagamento é retido diretamente do salário.
Justamente por isso é preciso cautela, já que para quem já está com dificuldade em administrar as finanças, ter sua renda habitual reduzida pode desencadear novos endividamentos e problemas ainda maiores, virando uma bola de neve.
5- Analise a situação do seu endividamento
Para não agravar a situação, antes de realizar qualquer compra, faça algumas perguntas como: Eu realmente preciso deste produto?
O que ele vai trazer de benefício para a minha vida? Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência, baixa autoestima ou influência de terceiros?
Ao fazer isso, terá uma grande surpresa sobre a quantidade de coisas adquirida apenas por impulsividade.
6- Resgate sonhos e objetivos
Em momentos de endividamentos, que são passageiros, é importante resgatar sonhos, objetivos que realmente importam e que farão a pessoa ter ainda mais motivos para “dar a volta por cima”.
É preciso relacionar no mínimo três sonhos: um de curto prazo (a ser realizado em até um ano), um de médio prazo (entre um a dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos), sendo que um deles deve ser o de sair das dívidas.
7- Comece a agir para sair do endividamento
Com os números do diagnóstico financeiro em mãos, é possível conhecer a sua força de poupança após os cortes para realizar o sonho de sair das dívidas sem que tenha que fazer outra dívida.
Mês após mês, é preciso aplicar esse dinheiro em um investimento que seja coerente ao tipo de objetivo (prazo) e ao perfil do investidor. Caso tenha dificuldade para investir, é válido consultar um especialista.
Agora que você já conhece os 7 passos para sair do endividamento, acesse nosso site e descubra mais formas de aprender a lidar com o dinheiro e conquistar a sua independência financeira. https://www.dsop.com.br/categoria/comportamento-financeiro