Casais – Conta conjunta ou não?
04/03/2022
- Artigos
Quando falamos de finanças para os casais, é importante cuidado para evitar algo que é muito comum: discussões. Assim, a primeira dica é sempre muito diálogo. O mais adequado a se fazer é uma reunião dedicada exclusivamente para falar sobre o tema e construir um orçamento familiar. A partir desse momento, deve haver a definição de quem paga o quê. Também é possível ter uma conta conjunta para que sejam pagos os compromissos em comum, mas sempre definindo o quanto cada um irá depositar mensalmente.
Porém, acredito que seja essencial avaliar a possibilidade de cada um ter a sua conta corrente em separado, definindo os limites, pois, assim, cada um pode ter seus próprios gastos. Quando o assunto é investimento, deve ser feito em conjunto, pois se poupa mais dinheiro e obtém melhores resultados.Outro ponto que deve ser tratado de forma diferenciada é em relação à aposentadoria. Esse investimento deve ser para cada um, lembrando que, quem não construir sua aposentadoria, um dia, terá que pedir dinheiro para alguém, certo? Enfim, o segredo é colocar tudo na mesa, nunca esquecendo que o assunto mais importante a ser conversado não são as despesas, e sim os sonhos e desejos individuais e coletivos. É muito comum os sonhos serem deixados de lado, mas, acredite, esse é o erro capital de milhões de casais.É importante estar atento, colocando sempre, no mínimo, três sonhos (curto, de até um ano; médio, até dez, e longo prazo, acima de dez anos), todos acompanhados de informações básicas como quanto custa, quanto será guardado e em quanto tempo se pretende realizar. Caso contrário, não serão sonhos, mas verdadeiros pesadelos para os casais, podendo esfriar o relacionamento.É preciso reforçar que, mesmo tendo contas separadas, quando se opta pelo casamento, é preciso não discriminar quem ganha mais ou menos. Trata-se de uma família e, neste caso, a receita deve ser pensada e somada para todos que dela participem. Assim, se deve definir um limite de gasto para cada um e fazer com que ele seja respeitado. Caso isso não ocorra, deverá ser motivo de diálogo.Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), autor dos livros Terapia Financeira, Eu mereço ter dinheiro, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país.