Chegou a nova categoria do Tesouro Direto, saiba tudo sobre essa novidade
10/01/2024
- Investimentos
Você já ouviu falar em Tesouro Direto RendA+? Descubra como funciona esse novo investimento que auxilia na complementação da aposentadoria.
O Tesouro RendA+ é uma nova família de títulos do Tesouro Direto com foco no longo prazo e em oferecer uma renda extra mensal por 20 anos, corrigida pela inflação. Garantindo, assim, o poder de compra dos investidores.
O novo título já está disponível para investimento desde o dia 30 de janeiro. O investidor terá oito opções de títulos com diferentes datas para início do recebimento da renda, começando em 2030 e indo até 2065.
Essa nova forma de investir, lançada no fim do ano passado com o nome oficial de NTN-B1, é também uma possibilidade para quem busca tranquilidade financeira quando a hora da aposentadoria chegar.
A maioria dos trabalhadores anseia por esse momento, como mostra dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria da Previdência Social. Segundo a pesquisa 89% dos brasileiros concordam que é importante investir para ter uma situação financeira confortável na aposentadoria.
Com o lançamento do Tesouro Direto RendA+, agora as pessoas terão uma nova ferramenta para montar um planejamento financeiro para essa fase da vida.
Confira como funciona, quais são os benefícios e todos os detalhes sobre o Tesouro Direto RendA+.
O que é Tesouro Direto?
Lançado em 2002, o Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% on-line.
O Programa surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo aplicações a partir de R$ 30,00.
O investimento é uma excelente alternativa, já que oferece títulos com diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da taxa de juros básica da economia, a Selic), diferentes prazos de vencimento e também diferentes fluxos de remuneração.
O título disponibiliza muitas opções de investimento acessíveis, além de oferecer boa rentabilidade e liquidez diária, mesmo sendo a aplicação de menor risco do mercado.
Quais são os títulos do Tesouro Direto?
O Tesouro Direto RendA+ vai se somar a outros cinco tipos de títulos públicos:
- Tesouro Selic: neste título, o rendimento é atrelado à taxa básica de juros da economia, a Selic.
- Tesouro IPCA: o rendimento é atrelado ao índice oficial de inflação do país, o IPCA.
- Tesouro IPCA com juros semestrais: também é atrelado ao IPCA, mas parte dos juros (o rendimento) são pagos a cada seis meses.
- Tesouro prefixado: o rendimento é prefixado, ou seja, você sabe quanto vai receber (caso leve o título até o vencimento) assim que investe nesse título.
- Tesouro prefixado com juros semestrais: os juros também são conhecidos no momento do investimento, mas você recebe parte dos juros (o rendimento) a cada seis meses.
Afinal, o que é o Tesouro RendA+?
Como já mencionado, O Tesouro RendA+ é uma nova família de títulos públicos com foco em investimentos de longo prazo, desenvolvida para oferecer uma aposentadoria adicional.
Nesse primeiro momento, serão oito opções de datas para começar a receber a renda extra (data de conversão): 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060, 2065.
Diferente de outros títulos do Tesouro Direto, o RendA+ não paga o valor investido e os seus rendimentos de uma vez só, na data do vencimento. Em vez disso, quem investir recebe 240 parcelas mensais (equivalente a 20 anos), que começam a ser pagas na chamada data de conversão.
O RendA+ é uma opção para quem quer poupar dinheiro com foco na aposentadoria.
Como funciona o Tesouro Direto RendA+?
Investindo no Tesouro RendA+, o consumidor pode escolher uma data para se aposentar, garantindo um salário complementar por 20 anos, que é corrigido pela inflação.
A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) não cobra taxa de custódia para títulos públicos federais, quando mantidos até a data do vencimento. Isso significa que os investidores não precisam pagar nenhuma taxa adicional para manter os títulos em sua carteira.
Assim como outros investimentos de previdência, o Tesouro RendA+ tem duas fases: a acumulação e a conversão.
Acumulação:
Nesta fase, a pessoa que investir poderá comprar títulos e acumular recursos para receber os pagamentos mensais.
Conversão:
Período em que serão pagas as 240 parcelas mensais. Esses pagamentos começam a partir da data de conversão, que varia de acordo com o prazo do título comprado pelo cliente. Essa renda mensal é corrigida pela inflação.
Após o período de carência de 60 dias, o título pode ser vendido a qualquer momento, ao preço de mercado.
Isto é, você precisa esperar 2 meses para poder resgatar o investimento. Após esse período, ele tem liquidez diária e você pode resgatar normalmente.
A forma de aplicação será igual ao Tesouro Direto, totalmente digital, diretamente na corretora de sua preferência. Apenas pessoas físicas podem investir.
Benefícios para quem investir no Tesouro RendA+
Por se tratar de um título emitido pelo Tesouro Nacional, o Tesouro RendA+ possui todos os benefícios conhecidos do Tesouro Direto, como segurança, diferentes tipos de rentabilidade e rentabilidade maior que os produtos concorrentes.
Além disso, os títulos do Tesouro RendA+ oferecem outros benefícios para os investidores, como:
Acessível e fácil de investir:
É possível investir no Tesouro RendA+ com cerca de R$ 30. Além disso, alguns bancos vão permitir que o cliente invista pelo PIX, simplificando ainda mais o Tesouro Direto.
Liquidez diária:
O Tesouro RendA+ permite que o investidor venda seus títulos se desejar, recebendo o preço do mercado. Vale lembrar que a venda dos papéis não será permitida nos primeiros 60 dias após a compra.
Renda extra futura:
Quem investe no Tesouro RendA+ vai garantir um salário complementar durante 20 anos. E melhor: o cliente não perde poder de compra, já que os valores são corrigidos pela inflação.
Taxa de custódia diferenciada:
O investidor do Tesouro RendA+ não vai pagar taxas semestrais. Ele será tarifado só se vender antes da data de resgate ou caso receba mais do que seis salários mínimos após a aposentadoria.
O tempo favorece quem investe:
A taxa de custódia do RendA+ fica menor do que os demais títulos de Tesouro Direto com o passar do tempo.
Existem outras taxas para esse investimento?
Esses novos títulos também terão cobrança de uma taxa sobre a renda mensal, além do Imposto de Renda.
A taxa sobre a renda é cobrada pela B3, que é a instituição financeira responsável por guardar todos os títulos e também registrar as informações e movimentações dos saldos financeiros dos investidores.
Essa taxa é cobrada em cima da renda mensal gerada pelo título. Caso essa renda seja de até seis salários mínimos, o investidor não paga nada. Acima dessa renda, a taxa será de 0,10% sobre o que exceder esse valor.
Vale destacar que, para cobrar esta taxa, será considerado sempre o salário mínimo vigente no momento do recebimento da renda mensal, e não aquele vigente no momento do investimento.
Conquiste mais conhecimento e confiança para se destacar no mercado
Por fim, é importante dizer que a intenção do título é ser um complemento à Previdência Social e não um substituto. Nesse sentido, uma avaliação possível é se a renda da Previdência Social é suficiente para manter o padrão de vida.
Caso contrário, é importante buscar alternativas para complementar esse valor e o Tesouro RendA+ é sem dúvida uma boa opção.
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