Estudo mostra que as classes D e E gastam mais da metade do salário com comida

10/01/2024

Estudos apontam que as classes D e E são as que mais gastam com alimentação, chegando a, impressionantes, mais de 50% dos recursos mensais.


A alta da inflação e a falta de um aumento real de salário nos últimos anos contribuem para esse fato: as classes sociais de baixa renda gastam muito de seus rendimentos com alimentos.

O Instituto Locomotiva, em parceria com a empresa VR, mostrou em um levantamento que as famílias da classe C gastam em média um terço dos seus rendimentos com alimentação.

Na classe B, com renda mais alta, o percentual cai para próximo dos 15%.

E nas classes D e E, com rendimentos entre R$ 1.300 e R$ 5.200, mais da metade do salário fica comprometida com a compra de comida, exatamente 50,7%.

O custo tem flutuado um pouco, diminui em alguns alimentos e aumenta em outros.

Fato é que a maior parte do orçamento para as classes mais baixas é deixado nos supermercados.

O PhD Reinaldo Domingos, especialista em Educação Financeira e CEO da DSOP, acredita que, apesar das diferenças de consumo, existe uma necessidade latente de educação financeira em todas as classes.

Domingos afirma que a inflação real que incide em nossa vida foi de 15% a 20% ao ano. Isso traduzido significa que a cada dia gastamos mais dinheiro para comprar menos coisas e isso requer um equilíbrio, nada fácil de encontrar.

O estudo aponta também que para a classe C os benefícios vale-refeição e vale-alimentação representam, em média, algo em torno de 5,5% dos gastos com alimentação. Por outro lado, para as classes D e E, chegam a atender 33% das despesas.

Muitas famílias estão no vermelho no Brasil, especialmente da classe C.

A classe média, que é muito abrangente, tem sofrido com as contas no vermelho, é o que mostra outra fotografia da pesquisa.

Segundo dados, 8 em cada 10 brasileiros da classe C têm dívidas em aberto, e dessa casta, 1/3 está inadimplente.

Especialistas consideram que essas dívidas são contraídas sob a forma de segurança alimentar, ao comprar itens básicos.

“Na ausência da educação do comportamento financeiro, há uma tendência de aumentar esses indicadores de comprometimento nos seus orçamentos”, afirma Reinaldo Domingos.

Ele segue: “Temos aí um país basicamente com uma inflação não controlada, então precisamos tomar uma decisão. Não podemos continuar fazendo do jeito que fazíamos ontem”.

Vejamos essa comparação: há 5 anos a cesta básica custava 40% do valor do salário mínimo, hoje compromete 59% dos vencimentos.

De um lado, tem o aumento da inflação de alimentos, que são gastos enormes da classe C brasileira, de outro lado vemos um longo período sem aumento real do salário mínimo.

Nesse cenário, acaba sobrando para a classe C, que tem que sustentar a família com menos poder aquisitivo.

Educação Financeira, uma forma de se precaver dos déficits pessoais e fazer a conta fechar

A DSOP foi criada para ajudar as pessoas a saírem do vermelho com sustentabilidade financeira, se adequando ao padrão de vida ao qual realmente pertencem e, principalmente, para mostrar que é possível voltar a sonhar e realizar.

Trata-se de um método científico comprovado, que muda comportamentos e hábitos em relação ao consumo e ao dinheiro. Assim passa a ter disciplina para priorizar o que realmente importa, poupando e potencializando seus recursos.

Conheça a Educação do Comportamento Financeiro e saiba como transformar o dinheiro em solução para os seus sonhos.

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