Cofrinhos ensinam à criança a diferença entre curto, médio e longo prazo
04/03/2022
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Em tempos de consumismo cada vez mais precoce, quem tem filho está preocupado. Já está difícil segurar as crianças quando bate aquela vontade de comprar todos os brinquedos e eletrônicos que vêem pela frente, imagine só quando o assunto é fazer poupança.A dura tarefa de frustrar os pequenos no presente para realizar sonhos no futuro é para os pais fortes.Além dos costumeiros discursos e sermões, os pais podem aderir a outra fórmula para ensinar crianças a lidar com o próprio dinheiro – de maneira prática, trazendo para a realidade deles os principais conceitos de educação financeira que até adultos têm dificuldade de aprender.Essa é a proposta de Reinaldo Domingos, educador da DSOP, que em março lançará um material mais interativo, dando continuidade à coleção “O menino e o dinheiro”, destinada à educação financeira de crianças de três a dez anos. “Não adianta você repetir sistematicamente para a criança que ela precisa guardar dinheiro. Ela precisa saber como isso funciona e ver, na prática, como vale a pena”, diz.A nova edição de “O menino, o dinheiro e os três cofrinhos” virá acompanhada de três cofrinhos plásticos que poderão materializar os conceitos de poupança, prazos e realização de sonhos.Domingos parte do princípio que para poupar, é preciso identificar quais são os sonhos de curto, médio e longo prazo. E os sonhos protagonizam esse processo. Os porquinhos de plástico serão montáveis e virão com etiquetas que funcionarão como lacres, onde deverá estar escrito qual sonho será realizado com aquele dinheiro.Três tempos“Os pequenos acabam entendendo que estão guardando seus sonhos naquele cofrinho e que na hora de abri-lo, algo muito prazeroso será realizado”, explica. “É um dinheiro carimbado e você acaba criando um motivo para a criança guardar o dinheiro.”Por isso mesmo, três tamanhos de porquinhos. O menor é o de curto prazo, que deverá ser mantido lacrado por cerca três meses. Aqui são sonhos de menor porte como aquele brinquedinho fora de época.Para o médio prazo, o cofre intermediário é naturalmente o mais adequado. Ele deverá ficar fechado por cerca de seis meses. Os brinquedos mais caros, por exemplo, podem ser custeados com esse porquinho, assim como aquelas roupas ou sapatos da marca da moda.Para o longo prazo, os sonhos podem ficar maiores. O dinheiro para fazer compras naquela viagem aos parques da Disney, por exemplo, pode ser acumulado ao longo de, no máximo, um ano.“O maior desafio aqui é de aculturamento mesmo. Tudo que a gente precisa para criar o hábito de poupar é ter um bom motivo”, afirma Domingos.ServiçoOs cofrinhos vêm acompanhados de um livro, que funciona como manual de instruções para os pais, tornando a ferramenta um meio de educação também para a família.Por ora, a DSOP aguarda aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para mandar os porquinhos para fabricação. O livro com o brinquedo custará entre R$ 39,90 e R$ 49,90, segundo Domingos.Fonte:http://economia.ig.com.br/financas/meubolso/2014-01-18/cofrinhos-ensinam-a-crianca-a-diferenca-entre-curto-medio-e-longo-prazo.html