As escolas são essenciais para combater o analfabetismo funcional do dinheiro

10/01/2024

Você sabe o que significa o termo “analfabetismo funcional”? Ele é definido pela dificuldade de exercitar determinadas atividades, como interpretar textos, escrever e fazer cálculos matemáticos simples.


Você sabe o que é o analfabetismo funcional do dinheiro e como isso afeta nossa sociedade? Veja como, ao longo de décadas, ele se tornou um problema social maior do que deveria ser, de fato.

As consequências do analfabetismo funcional são extremamente graves para o avanço do país e evidenciam nossas deficiências em relação à educação.

Além disso, também é importante explicar os impactos desse termo e sua similaridade com o que sempre tivemos na Educação Financeira.

O termo “analfabetismo funcional” é definido pela dificuldade de exercitar determinadas atividades, como interpretar textos, escrever e fazer cálculos matemáticos simples, mesmo conhecendo letras e números.

Ou seja, o analfabeto funcional não consegue extrair sentido das palavras, nem colocar ideias no papel por meio do sistema de escrita, como acontece com quem de fato foi alfabetizado.

Não vamos nos aprofundar tanto nesse tema, porém, fica nítido que a educação básica, em especial a pública, já vem se deteriorando em sua qualidade há muitos anos.

Pode-se atribuir esses problemas à falta de atenção a um dos temas mais importantes de um país: a educação.

O que é o como evitar o analfabetismo funcional do dinheiro?

Estudantes do ensino médio sentados em mesas na sala de aula usando comutadores

Como mencionado, o analfabetismo funcional é indicado como a dificuldade de processamento cognitivo para execução de atividades práticas em relação ao letramento.

Estudos estimam que até 29% da população brasileira seja analfabeta funcional – pessoas que encontram dificuldades em encontrar emprego, qualificar-se na carreira e, até mesmo, em organizar a vida e as finanças pessoais.

Por isso, é importante chamar a atenção para algo muito similar, que acontece com recorrência no Brasil e que, muitas vezes, passa despercebido. Estamos falando dos milhares de brasileiros que são analfabetos funcionais em relação ao dinheiro.

Desde muito cedo as pessoas têm acesso ao dinheiro e essa interação pode acontecer de diversas formas diferentes, mas o ponto é: você foi orientado a como utilizar o dinheiro, como fazê-lo render mais ou a pedir um simples desconto na hora da compra?

É certo afirmar que quase ninguém teve essa orientação na infância. No máximo um breve alerta: “traga o troco” ou “faça a conta certa”.

Essa situação tem um agravante. No ensino básico as crianças e os jovens já têm aulas de diversas disciplinas como português, ciência, história, geografia e principalmente matemática, mas não aprendem a Educação Financeira de forma consistente.

Muitas pessoas pensam que a matemática é responsável por ensinar esse tema, já que, depois de aprender a fazer contas, é fácil saber o valor do dinheiro. Mas isso está longe de ser Educação Financeira.

Quando adultos, as pessoas aprendem a fazer operações financeiras, como TED, PIX, Cartão de Crédito, Crédito Consignados, Financiamentos, aplicações financeiras e até Criptomoedas. Apesar disso, muitas vezes essas pessoas vivem o analfabetismo financeiro funcional, já que esses temas se relacionam às finanças pessoais e não à Educação Financeira.

Em nenhum momento do período escolar os responsáveis e professores estavam habilitados e tampouco preparados em relação ao verdadeiro sentido do dinheiro e o importante papel que este exerce em todas as fases da vida.

Aprender matemática é muito importante, porém, ela não reflete o verdadeiro comportamento financeiro, que tem o objetivo de equilibrar a balança entre crédito e débito, além de dar uma autonomia saudável de escolha.

A maioria das pessoas entendem que o dinheiro é o objetivo final – acúmulo – e passam essa ideologia para as gerações futuras, quando, na verdade, o dinheiro deveria ser um meio de realizações de sonhos.

Desta forma se potencializa o “gastar”, deixando de lado a importância de guardar, poupar e atrelar esse dinheiro a desejos, sonhos e necessidades.

Ao priorizar o consumo, sem equilíbrio, as pessoas acabam se tornando analfabetas funcionais do dinheiro, o que pode ser comprovado simplesmente analisando o número de inadimplentes no país e no mundo.

Como promover a Educação Financeira?

A Educação Financeira traz um jeito diferente para entender o verdadeiro sentido da representatividade do dinheiro. Ela oferece um olhar onde as contas matemáticas continuam sendo importantes, mas, dentro de um novo comportamento em relação ao uso do dinheiro, mantendo o equilíbrio entre consumir e sonhar.

Felizmente a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabeleceu a Educação Financeira como tema transversal obrigatório na grade curricular dos ensinos infantil, fundamental e médio.

A Educação Financeira é uma ciência humana que busca a autonomia financeira, fundamentada por uma metodologia baseada no comportamento, com o objetivo de construir um modelo mental que promova a sustentabilidade, criando hábitos saudáveis que proporcionem o equilíbrio entre o SER, o FAZER, o TER e o MANTER, com escolhas conscientes para a realização de sonhos e necessidades.

É preciso que as pessoas passem a se preocupar sobre o tema, buscando observar se não sofre com os efeitos da falta de Educação Financeira. Caso perceba que tem essa defasagem, o indivíduo pode e deve mudar essa realidade buscando por conteúdos qualificados para não cair no universo do analfabetismo financeiro funcional.

É preciso investir no “eu financeiro”, e por conhecimentos que possam proporcionar uma vida saudável e sustentável financeiramente, que possibilite a realização plena de tudo que se deseja.

Gostou das orientações? Aproveite para conferir também: A Educação Financeira nas escolas é um diferencial para decidir onde seus filhos vão estudar.

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