Dia da Infância: conheça os 4 tipos e quais suas importâncias
04/03/2022
- Educação
Segundo alguns estudiosos, a infância é dividida em quatro fases primordiais, que direcionam o desenvolvimento da mentalidade. Confira este artigo e entenda como a educação financeira se torna importante nesse processo.
Como foi a sua infância? Você costumava brincar mais com os amigos em casa, no condomínio ou desbravava aventuras nas ruas – próximas de casa –, aproveitando um período mais tranquilo e seguro?
Independentemente de como foi, uma coisa é certa, você se lembrou dos seus tempos de criança com nostalgia e pensou “eu era feliz e não sabia”, não é?
O saudosismo quando se olha para o passado é quase inevitável, quando as boas lembranças das brincadeiras e inocência vêm à tona.
Na próxima semana, dia 24 de agosto, é comemorado o Dia da Infância e, para celebrar e recordar com carinho dessa época tão gostosa, você vai conhecer quais são os tipos de infâncias que existem e como é o desenvolvimento em cada etapa.
Além disso, claro, vai entender qual o melhor momento para introduzir a educação financeira na vida dos mais jovens e qual a importância de fazer isso o mais cedo possível.
+ Leia também: você sabia que a educação financeira é obrigatória nas escolas?
No Dia da Infância é importante entender as influências para o desenvolvimento infantil.
As fases da infância são caracterizadas pela faixa etária das crianças, onde é possível identificar sua evolução (ou retrocesso) motora e cognitiva, de acordo com o passar do tempo.
Entretanto, o processo de desenvolvimento infantil é influenciado por algumas variáveis que devem ser consideradas, como: condições biológicas, ambientais e interações ao longo da sua formação física e, principalmente, mental.
Logo, os pais, responsáveis e até mesmo professores precisam entender as necessidades exigidas por cada etapa dessa construção da persona.
De acordo com o pesquisador e estudioso do tema Jean Piaget, as 4 fases da infância são:
1-) Sensório motor – 0 a 2 anos
Nessa fase, os bebês estão em uma fase exclusiva de desenvolvimento nos movimentos corporais e sensoriais.
Eles descobrem sua capacidade motora para pegar pequenos objetos, além de descobrirem seus próprios membros. Já viu um neném olhando apaixonado para suas próprias mãos ou pés?
2-) Pré-operatório – 2 a 7 anos
Nesta fase, que também é chamada de simbólica, o grande desenvolvimento está na comunicação e linguagem.
Quando as crianças começam com todos os seus questionamentos, seus “porquês” e deixam os papais doidos, ou às vezes de saias justas, com a criatividade das suas dúvidas.
3-) Operatório concreto – 7 a 12 anos
Já neste período de idade é possível reconhecer que as crianças são capazes de formar opiniões e definir gostos, sejam eles alimentares, sejam sociais, gostando mais ou menos de determinadas coisas por conta própria.
Além de começarem a apresentar seu ponto de vista de maneira mais lógica, baseando-se na bagagem que construiu até então.
4-) Operatório formal – início aos 12 anos
A partir dos 12 anos, elas já entram na fase da adolescência, onde são capazes de construírem seus próprios valores morais e passam a pensar de forma mais intuitiva, com base no que consideram certo ou errado.
Por isso, a educação que recebem durante as quatro fases da infância são cruciais para a formação de futuros adultos de bem, com sustentabilidade financeira e mentalidade sustentável para tomarem as melhores decisões pessoais e profissionais.
O que nos leva diretamente para a seguinte afirmação: ensinar educação financeira para as crianças, desde os seus primeiros passos – literalmente – é uma necessidade.
+ Leia também: educação financeira e empreendedorismo nas salas de aula é a solução.
Dia da Infância: quanto antes falar sobre dinheiro, melhor
Segundo o professor e PhD. em educação financeira, Reinaldo Domingos, a idade ideal para inserir as crianças no mundo das finanças é a partir dos 3 anos de idade.
Nessa fase, como visto acima, é quando eles começam a utilizar sua capacidade cognitiva, querendo se expressar e entender tudo que acontece à sua volta.
E como dizem por aí, quando o HD é novo, é mais fácil de aprender e solidificar as informações, formando um cidadão sustentável desde a sua base.
Como falar de dinheiro com as crianças?
A forma mais simples de ensinar a importância do dinheiro é através das mesadas, dando a elas um recurso financeiro, mostrando a direção sobre o que fazer, mas deixando que elas tomem as próprias decisões.
Por exemplo: dê um cofrinho e diga que todo dinheiro que é colocado ali servirá para realizar um sonho, não importa qual.
A divisão do dinheiro, nesta fase de aprendizagem, deve ser feita da seguinte forma: o valor da mesada será de duas moedas, explique que uma deverá ser destinada à realização dos sonhos, enquanto a outra aos desejos de consumo.
Fazendo isso, você começará a ensinar e enraizar o planejamento para realização dos sonhos e, quando ela crescer, certamente se lembrará e saberá exatamente o que fazer com os recursos que tiver.
Claro que esse assunto é bem mais complexo e muitas famílias não têm condições de pagar uma mesada aos seus filhos, por isso existem muitos outros tipos de mesada.
+ Leia: conheça todos os tipos de mesada.
Vale deixar um aviso importante do que não se deve fazer: nunca, em hipótese alguma, relacione as tarefas de casa com pagamentos financeiros. Leia o artigo acima para entender melhor.
E aí, gostou do artigo de hoje? A melhor fase da vida, com certeza, ficou lá na infância, onde não havia responsabilidades, boletos e frustrações, mas crescer e poder colocar em prática tudo que aprendeu durante o desenvolvimento é bem satisfatório.
Ensine educação financeira para seus filhos, sobrinhos e afilhados. Com certeza eles vão te agradecer muito em breve.
Tenham sempre um ótimo Dia da Infância.
+ Assista ao vídeo: Sonhar, o pilar mais importante da educação financeira.