A sociedade moderna está enfrentando desafios financeiros cada vez mais complexos e exigentes. Em um mundo onde as finanças pessoais desempenham um papel central na qualidade de vida de indivíduos e famílias, a educação financeira tornou-se um componente vital da formação dos jovens. Nesse contexto, destaco a necessidade de tratar esse tema de forma comportamental e não apenas matemática nas escolas.

Conheça o programa da DSOP para as escolas

Ressalto que a promoção da educação financeira comportamental nas escolas tornou-se fundamental para o desenvolvimento de nossas instituições educacionais e para a sociedade como um todo. Felizmente é crescente o interesse de profissionais em conhecer os programas de educação financeira disponíveis, o que tem proporcionado oportunidades valiosas para discutir esse tema nas escolas.

Uma das principais questões relevantes em relação ao tema é a integração da educação financeira na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) brasileira. Embora muitas escolas reconheçam a necessidade desse conteúdo em seus currículos, ainda existem desafios na implementação, uma vez que muitas vezes não percebem que se trata de um conteúdo comportamental que vai além das ciências exatas.

Destaco o programa de educação financeira que já desenvolvi em muitas escolas como uma solução abrangente e inovadora. A grande aceitação da Educação do Comportamento Financeiro entre o público se deve ao fato de que o programa considera a formação integral de um indivíduo, abordando todas as áreas de sua vida.

Uma das ideias centrais do programa é introduzir um novo conceito ao ensinar educação financeira: focar na realização de sonhos como estímulo para alunos, suas famílias, professores e toda a comunidade escolar adquirirem hábitos financeiros mais saudáveis. Isso cria um propósito claro para a aprendizagem financeira, tornando-a mais significativa e motivadora para os jovens.

Também enfatizo o reconhecimento internacional da importância da educação financeira com foco no consumo consciente. A Organização das Nações Unidas (ONU) e a UNESCO reconhecem a relevância desse tema para o desenvolvimento humano, destacando ainda mais sua importância.

Os objetivos da educação financeira nas escolas devem ser claros, dentre os quais destaco:

1. Ensinar desde cedo sobre o uso consciente do dinheiro.
2. Contribuir para criar gerações financeiramente independentes.
3. Incentivar a conquista da sustentabilidade financeira e a realização de sonhos.

Uma ciência humana para autonomia financeira

Defendo que a educação financeira é uma ciência humana que busca a autonomia financeira. Essa abordagem é fundamentada em uma metodologia baseada no comportamento, com o objetivo de construir um modelo mental que promova a sustentabilidade financeira, crie hábitos saudáveis e proporcione o equilíbrio, com escolhas conscientes para a realização de sonhos e necessidades.

Em resumo, acho fundamental uma clara sobre a importância da educação financeira nas escolas. Sua abordagem focada no comportamento e na realização de sonhos mostra o caminho para criar gerações financeiramente independentes e preparadas para enfrentar os desafios financeiros do mundo contemporâneo.

Com o reconhecimento crescente desse tema a nível nacional e internacional, fica claro que a educação financeira é essencial para o desenvolvimento humano e a construção de um futuro financeiramente saudável dos jovens, das famílias e da sociedade como um todo.

Reinaldo Domingos é PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.