Valorizamos sua privacidade

Utilizamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação, exibir anúncios ou conteúdo personalizado e analisar nosso tráfego. Ao clicar em “Aceitar todos”, você concorda com nosso uso de cookies.
Saiba mais em Termo de uso e Políticas de Privacidade.

Dívida é dinheiro, sim! Aprenda a usá-la da forma correta e mude de vida

04/03/2022

  • Comportamento financeiro

Que os mais antigos não escutem, mas a dívida é dinheiro, sim, desde que utilizada de forma controlada e consciente. É tudo muito fácil na teoria, mas será que funciona na prática? É exatamente isso que vamos descobrir no artigo de hoje.

Por | Paulo Paquera

Com toda certeza uma pergunta específica já te deixou em dúvidas na hora de passar seu cartão: pagamento no crédito ou débito?

Pode parecer simples em um primeiro momento, mas decidir como pagar uma conta pode ser determinante para um planejamento financeiro bem estruturado.

Ok, este é apenas um pequeno exemplo de como as dívidas – ou crédito – são parte do seu dinheiro, se utilizado de forma consciente e controlada.

Veja bem, a primeira coisa que precisa ficar clara é que dívida é dinheiro, já que ela tem o mesmo poder de compra de uma nota física.

Por exemplo, você consegue comprar coisas pequenas com seu cartão de crédito, você consegue financiar um carro em 48x com seu score, bem como adquirir uma casa ou apartamento através de uma linha de crédito liberada por uma instituição financeira.

Então, por qual motivo ainda insistem em separar as coisas, não considerando uma linha de crédito como seu próprio dinheiro?

Sua boa reputação perante ao mercado não pode ser problematizada por conta de um descontrole histórico, certo?

Crédito é dívida. Dívida é dinheiro. Simples assim

De forma bastante sucinta e direta, a partir do momento em que você possui um crédito, automaticamente, possui uma dívida.

Dívidas nada mais são do que um compromisso futuro que ganhou uma conotação distorcida com o passar dos anos.

Faça uma pequena reflexão agora: você se considera uma pessoa endividada? Bom, caso a sua resposta tenha sido “não”, infelizmente está enganado.

Mas calma, não se preocupe com isso, ser uma pessoa endividada não é ruim. A sociedade como um todo precisa entender isso e normalizar as dívidas.

Vamos às provas que te fazem ser uma pessoa endividada:

  • Se possui um cartão de crédito, você tem uma dívida;
  • Se tem um celular pós-pago, você tem uma dívida;
  • Se tem um financiamento de veículo, você tem uma dívida;
  • Se tem um financiamento imobiliário, você tem uma dívida;
  • Se paga colégio ou faculdade, você tem uma dívida.

São apenas cinco exemplos simples para provar que você está e sempre estará endividado.

Entretanto, esse é um motivo para se comemorar, já que as dívidas permitem que você conquiste sonhos a todo momento. Pense friamente, sem as dívidas você teria:

  • Um cartão para parcelar pequenos desejos, como uma viagem?
  • Um celular para te manter conectado ilimitadamente?
  • O carro do ano?
  • A sua casa?
  • A educação dos seus filhos?

Esses foram exemplos superficiais de como suas dívidas expandem seu poder de compra, tornando possível adquirir um bem que, se dependesse apenas do dinheiro que você ganha, não seria possível.

Conseguiria comprar tudo que passar no cartão de crédito à vista? Conseguiria comprar seu carro à vista? Conseguiria comprar sua casa à vista?

Dívida é dinheiro – preserve seu recurso financeiro

Mesmo que você tenha condições financeiras para comprar tudo no ato, no dinheiro, aqui vai uma sugestão que talvez você estranhe um pouco: não compre nada à vista se tiver a possibilidade de parcelar.

Aos olhos da Educação Financeira, ter uma reserva estratégica é sempre mais importante do que adquirir algum bem, seja material ou não.

Portanto, atente-se a este exemplo:

Você tem o sonho de comprar um apartamento e hoje tem em sua reserva financeira o valor exato correspondente ao imóvel. Seu sonho está a um passo de ser realizado.

Logo, você tem duas opções:

Primeira: pegar o telefone, ligar para a corretora e fechar negócio imediatamente. Sua reserva financeira vai a zero, mas pelo menos comprou seu apartamento à vista, ficando livre de dívidas. (ou será que não?)

Segunda: investir o valor que tem em sua reserva financeira para render ainda mais e financiar o imóvel, pagando as parcelas com os rendimentos, dando mais sustentabilidade ao seu dinheiro.

Muitas vezes, adquirir uma dívida é mais vantajoso, já que proporciona manter sua reserva financeira saudável para possíveis imprevistos.

Imagine que você escolhe a primeira opção e por uma fatalidade, acaba perdendo o emprego. Sem uma reserva de emergência, como pagaria as contas básicas de água, luz, internet e condomínio até se estabelecer profissionalmente?

E aí, o que achou do artigo de hoje? Tinha a noção de que as dívidas são parte do seu dinheiro e, mais do que isso, são necessárias para a construção de um patrimônio sólido e sustentável?

Ah, é importante ressaltar que dívida é dinheiro, mas se não tomar cuidado, pode virar inadimplência e, aí sim, você tem um problema nas mãos. Como sugestão de leitura, segue um texto bem completo explicando exatamente o que é a inadimplência.

  • Comportamento financeiro