Educação Financeira para o público de baixa renda precisa começar dentro das escolas
04/03/2022
- Comportamento financeiro
É improvável que a Educação Financeira para o público de baixa renda venha de casa, por isso, é importante que as escolas ensinem a real importância do dinheiro e como ele é um agente transformador de vidas, para que as crianças levem à sustentabilidade de volta para casa.
Por | Paulo Paquera
A Educação Financeira é uma ciência humana transformadora de vidas, onde defende que, se esse assunto fosse abordado desde cedo dentro de casa, as chances de existir famílias de baixa renda seriam praticamente nulas.
Essa improbabilidade se dá pelo fato de que a Educação Financeira é transformadora, logo, se esse fosse um assunto tratado desde cedo dentro de casa, as chances de tal família não ser de baixa renda, seriam enormes.
Entretanto, levando em consideração que isso não acontece dentro da maioria dos lares do Brasil, torna-se extremamente importante educar as crianças sobre dinheiro desde cedo. Cedo mesmo.
O ideal é que as crianças passem a consumir Educação Financeira já aos três anos de idade, com materiais e livros criados e pensados para essa faixa etária.
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Quando dizem que as crianças são o futuro, essa é uma afirmação 100% verídica, já que elas serão o espelho da nossa economia, daqui a alguns anos. Ou seja, dinheiro é coisa para criança, sim.
Quanto mais cedo elas aprendem sobre Educação Financeira, mais natural se torna o processo de planejar, poupar e realizar sonhos.
Já que elas possuem uma mentalidade sem vícios financeiros, prontas para serem educadas da maneira correta, com foco e sustentabilidade. Reforçando: o futuro está nas escolas!
Educação Financeira para o público de baixa renda não fala sobre investimentos
E sabe por que não? Porque a Educação Financeira não é sobre investimento, simples assim. Nem sobre investimentos, nem sobre finanças, que isso fique bem claro.
Se bem que, ao praticar a verdadeira Educação Financeira, é possível reduzir seus gastos mensais em até 50%. Qual investimento você conhece que te dá um retorno de 50%? Nenhum!
Mesmo não falando explicitamente sobre investir, é óbvio que, poupando e criando uma reserva financeira consistente, é aconselhável que coloque o dinheiro “extra”, proveniente da poupança, para render e trabalhar para você. Fazendo assim, ainda mais dinheiro.
Outro ponto importantíssimo que mostra como uma coisa não está ligada a outra, são os investidores que não têm o conhecimento da Educação Financeira e acabam não sabendo como e quando reinvestir.
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Como a tecnologia e a publicidade criam compradores compulsivos
Se juntarmos alguns ingredientes, teremos a receita perfeita para criar o comprador compulsivo. Boa publicidade, acesso à tecnologia – seu celular, por exemplo –, e o direcionamento ao público correto, juntando uma pessoa com desejo ao objeto desejado.
Quando isso acontece e a pessoa que recebe a informação não tem a instrução necessária para evitar o clichê “eu trabalho tanto e mereço isso”, pronto, o consumismo compulsivo foi ativado.
Mas esse consumismo exacerbado não é raridade – não mesmo –, além do que, muitas pessoas são assim e nem ao menos sabem disso.
Quando não se tem a Educação Financeira para o público de baixa renda, essa é a tendência natural, já que não há planejamento para tais aquisições, então, não são movimentos saudáveis para sua vida financeira.
Porém, para as próximas gerações isso pode e vai ser resolvido, já que a Educação Financeira nas escolas já é tema obrigatório dentro da BNCC.
Falta de planejamento financeiro na vida dos brasileiros – começa nas escolas
Assim como mencionado acima, a falta de planejamento cria hábitos extremamente prejudiciais aos cidadãos, que não conseguem realizar sonhos, sejam eles pequenos como uma viagem à praia, sejam eles grandes, como a aquisição da casa própria.
Além das consequências pessoais, o despreparo financeiro causa uma bola de neve na economia nacional, onde pessoas compram sem ter a capacidade de pagar, podemos usar o exemplo de um financiamento, um ou dois casos podem não fazer a diferença, mas pense em larga escala?
E sabe onde está a solução para isso? Se você respondeu “nas escolas”, parabéns, você está certíssimo e está prestando atenção ao artigo.
Mais uma vez a Educação Financeira se torna o caminho para resolver problemas históricos da nossa sociedade e devemos ter consciência para evitar que isso continue acontecendo.
O artigo de hoje foi feito para mostrar que nossos problemas atuais em relação ao dinheiro estão nos comportamentos que nos foram ensinados durante toda a nossa vida e que, para resolver, devemos olhar para o futuro: as nossas crianças.
Leia também: você sabia que a educação financeira nas escolas é obrigatória?