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Férias escolares exigem economia e muita pesquisa para garantir a viagem

04/03/2022

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Com as férias escolares chegando, é preciso começar a juntar dinheiro e pesquisar destinos e preços para garantir o passeioSeja em família, em casal, entre amigos ou sozinho, viajar sempre é uma experiência que pode se tornar inesquecível. As pessoas conseguem relaxar e aproveitar um passeio ,mesmo que seja de quatro dias. Mas, para qualquer viagem é recomendado planejamento antecipado. Para quem quer viajar no próximo mês, durante as férias escolares de julho, é importante começar a procurar agora. Só assim será possível conseguir bons preços em lugares aconchegantes.Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo mostra que 22% dos entrevistados pretendem viajar até setembro. A maioria, 70%, deve ficar pelo Brasil. Os outros 29% pretendem viajar para o exterior, mas ainda sem destino definido. Os dados fazem parte do balanço de abril.A melhora na economia, mesmo que pequena, incentivou mais brasileiros a planejar viagens. Em abril de 2016, apenas 17% pretendiam sair da cidade onde moram no mesmo período. O resultado da pesquisa é música para os ouvidos de companhias aéreas e hotéis, que, em épocas de férias escolares, aumentam tarifas. Para não gastar demais, o consumidor precisa pesquisar as diversas opções. Muitas vezes, fechar um pacote de viagem, com passagem e hotel, é mais barato do que reservar tudo separadamente.O primeiro passo para quem tem intenção de viajar, segundo especialistas, é ver a quantas anda o orçamento doméstico. Se houver sobra, é bom começar a juntar dinheiro com a maior antecedência possível para, quando começar a procurar destinos, saber quanto terá disponível para gastar. “Quanto mais cedo a pessoa começar a pesquisar, mais aproveita as promoções”, diz Adriano Severo, educador financeiro e professor da Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciências (Fundatec). Uma dica para tentar calcular com a maior exatidão possível os gastos da viagem é consultar blogs, jornais e sites que tenham conteúdo especializado. O educador explica que, dessa maneira, o consumidor está menos sujeito a erros.O Nordeste é o destino preferido dos brasileiros para as férias escolares. Dos entrevistados pelo Ministério do Turismo, 48% pretendem ir à região até setembro. Teresinha Rocha, educadora financeira da DSOP, recomenda procurar locais “menos badalados”. Para ela, se a data para o passeio é julho e o tempo para economia é curto, o ideal é procurar lugares menos visitados, pois tendem a estar mais baratos. “Vale a pena buscar alternativas”, destaca.No ranking de procura, o Sudeste aparece com 19% e o sul, com 17% das intenções de destino. Segundo pesquisa da Decolar, Rio de Janeiro (RJ), Gramado (RS), Fortaleza (CE), Natal (RN) e Florianópolis (SC) são as cidades mais procuradas no país.Alguns pacotes para o mês de julho, com quatro dias de hospedagem e passagem de ida e volta, estão com valores inferiores a R$ 700 por pessoa. Saindo de Brasília, o turista pode aproveitar e economizar para ir a Pipa (RN), Porto Seguro (BA), Conde (PB), Guarapari (ES) ou Brumadinho (MG), por exemplo. Os pacotes podem ter preços atrativos, mas é preciso que o viajante preste atenção nas cidades que têm ou não aeroporto. Se não tiver, o turista precisa incluir no orçamento o transporte adicional.O educador financeiro Reinaldo Domingos diz que o pacote é sempre muito interessante, mas é preciso verificar o preço de hotéis e passagens separadamente para comparar os valores. “Eu recomendo procurar pacotes, mas é preciso se certificar primeiro como estão as vendas dos dois produtos nas empresas”, afirma.Na opinião de Teresinha Rocha, é mais barato comprar separadamente, porque as agências cobram mais caro para conseguirem lucro. “Por mais que seja uma promoção fabulosa, dificilmente vai ficar mais em conta do que você planejar. Mas planejamento também gasta: tempo. E muita gente quer comodidade”, diz.A estudante Verônica Masr, 16 anos, vai viajar com um grupo de amigos para Campos do Jordão, em São Paulo, e ficará durante quatro dias. Ao todo, a viagem ficou em R$ 700, incluindo passagem, hospedagem, transporte do aeroporto de Guarulhos para Campos do Jordão e alimentação.Além da passagem, o consumidor precisa ficar atento à cobrança de taxas por bagagens. As empresas aéreas já podem praticar preços diferenciados para quem tem ou não mala. Os consumidores precisam entrar em contato com cada empresa para verificar os valores cobrados ou se há pagamento extra pelo despache da mala. “Eu comprei numa empresa que não aderiu ainda à cobrança de bagagem e continua com o limite de 23kg, então está bem tranquilo”, diz Verônica.Algumas capitais estão com passagens abaixo de R$ 300 em julho. Entre elas, Curitiba (PA), Manaus (AM), Cuiabá (MT), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).O planejamento tardio pode acabar com o sonho da viagem. O blogueiro André Estevam, 26 anos, estava planejando ir para Macapá, onde a esposa nasceu. Há oito anos, o casal e duas filhas não vão à cidade visitar os parentes. Em julho, a situação não será diferente. O valor das passagens estava entre R$ 2 mil e R$ 3 mil por pessoa, preço muito acima do que André pode pagar. “As companhias aéreas deveriam diminuir o valor das tarifas, já que a crise afeta todo mundo. Está valendo mais a pena viajar de ônibus, mas, para a cidade que nós vamos, só é possível chegar de barco ou avião”, lamentou.Depois de decidir o destino, o consumidor precisa saber onde se hospedar e qual meio de transporte usará para chegar. Segundo pesquisa do Ministério do Turismo, 52,1% devem ficar em hotéis, 33,6%, na casa de amigos e 14,3%, em outro local. Teresinha, da DSOP, sugere que inclua na pesquisa dos viajantes a possibilidade do uso do carro. Dependendo do destino, o custo da gasolina acaba ficando mais baixo do que o das tarifas aéreas. “A minha sugestão é convidar amigos para dividir a gasolina, porque, além da companhia, o turista consegue economizar. Se for a própria família, é um custo que fica rateado”, declara. Segundo dados do Turismo, o meio de transporte que será mais utilizado será o avião, em 64% dos casos; o automóvel (23,1%); e ônibus (12,5%), em seguida.Severo destaca que o carro só vale a pena em destinos curtos. Na visão dele, o avião, além de ser mais rápido, pode resultar em custos menores. “Então, existem muitas variáveis que o consumidor precisa levar em conta antes de decidir o destino”, diz.A menos de cinco horas de Brasília, há cidades com hospedagem, em quarto família, que saem em torno de R$ 200. Salto de Corumbá, Paraúna e Colinas do Sul estão entre elas. Dessa forma, o casal pode sair de Brasília e aproveitar com os filhos as cachoeiras, com vista natural.

Tesoura nos gastos

Sabendo o valor total da viagem, o consumidor precisa tomar atitudes para economizar. A tesoura nos gastos precisa ser eficaz e não falhar até o dia da partida. Reinaldo Domingos, educador financeiro, recomenda fazer uma reserva estratégica de dinheiro para imprevistos e outras atividades que surgirem durante o passeio. “Pode ser entre 40% e 50% do valor total da viagem para ter a garantia de uma viagem tranquila”, indica.Fora passagem e hospedagem, é importante ver o valor que gastará diariamente na viagem. Adriano Severo, professor da Fundatec, recomenda pegar o gasto total e dividir pelo número de dias. “Se a pessoa ficar 10 dias, por exemplo, e planejar R$ 1 mil no passeio, vai manter uma média de R$ 100 de custo por dia. Isso é importante porque é muito comum a pessoa gastar quase tudo logo no primeiro dia e não ter mais para aproveitar no resto dos dias. Aí o cartão de crédito se torna um aliado no momento, mas um vilão no futuro”, conta.Durante o passeio, a família não pode se entusiasmar e comprar tudo o que vê. Isso inclui os presentinhos dados aos parentes e amigos. Teresinha diz que as lembrancinhas precisam estar dentro de um determinado valor. “É preciso planejar o dinheiro antes. A pessoa precisa definir com clareza, fazer um orçamento dentro do dinheiro que pode gastar, porque os pagamentos podem virar um pesadelo depois”, declara.

Promoções

A educadora da DSOP considera que ainda vale a pena ir a determinados lugares no exterior. Na opinião dela, algumas promoções de viagens pela América do Sul são interessantes para as férias escolares. “Infelizmente, o turismo no Brasil ainda é muito caro, a gente consegue fora daqui uma opção melhor, muitas vezes. A desvantagem é perder o benefício de ir de carro”, destaca.Entre os lugares mais procurados do exterior, estão Orlando, San Pablo e Nova York, nos Estados Unidos; Buenos Aires, na Argentina; Santiago, no Chile; e Cancun, no México.José Francisco Lopes, diretor de estudos econômicos e pesquisa do Ministério do Turismo, afirma que julho é uma época boa para fazer viagens e que espera uma procura melhor neste ano. “A expectativa é de que seja uma temporada melhor, em comparação com 2016. A época está entre os quatro principais meses de viagens do Brasil”, conta.A Gol vai disponibilizar mais de 2 mil voos para a alta temporada. “Incluímos voos extras em 38 destinos, o que representa mais de 60% dos aeroportos onde operamos”, afirma Rafael Araújo, gerente de Planejamento Estratégico de Malha da Gol. Brasília está entre as cidades com maior concentração de voos extras da companhia. Para o exterior, a aérea também vai adicionar novas rotas para a América Latina e o Caribe.A Azul também vai operar com mais de 2 mil voos extras em julho, com opções para viagens pelo Brasil, América do Sul, Estados Unidos e Europa. A empresa informa que as passagens mais baratas são encontradas com antecedência mínima de 28 dias da data da viagem, preferencialmente para voar às terças, às quartas e ao sábados.A Avianca Brasil anunciou que vai operar com 296 voos extras, principalmente nas ligações de São Paulo (Guarulhos) a Fortaleza, Maceió, Recife e Salvador. O período ocorre entre 30 de julho e 5 de agosto.A Latam diz que o sistema de precificação dinâmica permite oferecer tarifas atrativas. A empresa comunica também que a cobrança de passagem vai permitir preços mais acessíveis aos consumidores.Fonte:https://goo.gl/AYI1T9

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