Ninguém deseja ver os filhos passando necessidades, porém se endividar para ajudá-los ou mesmo sacrificar a sua poupança para o futuro tampouco são decisões inteligentes. Portanto veja orientações para ajudá-los a superar problemas financeiros e não se acomodar. O ideal é que se restabeleçam financeiramente sem que você precise comprometer suas finanças por causa dos seus filhos adultos.– Dê orientaçõesAjude seus filhos a levantar prioridades e planejar como sair da situação difícil que atravessa. Sugira caminhos. No caso de um filho desempregado, por exemplo, ajude-o a listar pontos fortes e fracos, buscar cursos que o requalifiquem e vagas menos óbvias para se recolocar no mercado rapidamente.– Livre-se da culpaEssa é uma das atitudes mais importantes, pois a culpa leva muitos pais a passarem a mão na cabeça dos filhos. Ninguém quer ver os filhos sofrerem, mesmo quando eles já são adultos, e a tentação de querer resolver todos os seus problemas é grande.Portanto reconheça que há questões que você não pode resolver, como empregar um filho desempregado, por exemplo. Lembre-se que ele/ela precisa aprender a caminhar com as próprias pernas, se reestruturar e ser independente, não ficar “nas asas” dos pais.– Não tente reviver sua juventudeÉ tentador reviver os bons e velhos tempos da juventude, com os filhos dependentes. Mas a verdade é que o fato de que estar de volta em casa não o/a tornará mais jovem.– Não “jogue na cara” os erros do passadoDe nada vai ajudar chorar sobre o leite derramado ou provocar brigas se seu filho/filha foi irresponsável por este ou aquele motivo. Aproveite o momento para recuperar a educação financeira que talvez tenha faltado no passado.– Mantenha seus filhos calmosRessalte que o momento é transitório. Isso ao mesmo tempo o/a tirará da zona de conforto, pois precisará voltar a caminhar com as próprias pernas, e tranquilizará por saber que o mau momento não durará para sempre.– Não “paparique”Se os filhos voltarem a morar com os pais, o ideal é tratá-los como adultos. Portanto faça com que dividam as tarefas domésticas e contribuam com ao menos uma das despesas da casa, se puderem.– Saiba dizer nãoDesde a educação financeira infantil até os aprendizados “forçados” da vida adulta, a imposição de limites é fundamental para que a pessoa internalize que não vai ter tudo que deseja sem lutar.Não é proibido ajudar os filhos financeiramente, claro, mas este auxílio precisa caber em seu orçamento. Deixe claro quanto o quanto você pode gastar e que a situação é provisória. Se preciso for, estabeleça um prazo para a permanência do seu filho na sua casa ou para a ajuda financeira.– Veja as prioridadesDê uma ajuda financeira para questões fundamentais, como uma doença ou os primeiros gastos caso seus filhos se deparem com uma gravidez indesejada. Evite pagar o que não for urgente ou pague apenas uma parte.– Prefira emprestar a doarMuitos filhos se sentem constrangidos por terem que voltar a depender de uma ajuda financeira dos pais e se planejam para ressarci-los em breve. Se isso não ocorrer por iniciativa do seu filho, sugira um planejamento para que ele possa pagá-lo de volta no futuro.– Deixe que decidaAcolha seu filho, mas deixe claro que ele é o responsável por encontrar uma solução para os seus problemas. Coloque-se à disposição para refletir em conjunto, mas tenha em mente que as decisões finais devem ser dele.

Prevenir é melhor que remediar

Emergências financeiras podem acontecer com qualquer pessoa, mas muitas vezes são frutos de uma vida inteira de descontrole financeiro – é o caso do super endividamento.Quem tem filhos ainda pequenos ou adolescentes pode evitar isso investindo em sua educação financeira, tanto na escola quanto em casa. Veja como incentivar que seus filhos sejam responsáveis e tomem suas próprias decisões desde pequenos:1- Não ofereça ajuda à criança antes que ela peça. Por exemplo, se ela está tentando pegar algo embaixo da cama com dificuldade, observe, mas a ajude apenas se pedir.2- Trate o aprendizado e as responsabilidades como coisas positivas. A cada aniversário reveja o que a criança aprendeu no último ano, como fazer a cama, escovar os dentes e amarrar os sapatos. Estabeleça novas metas de aprendizado e responsabilidades para o novo ciclo, isso ajuda a criança a desenvolver autonomia e sentir prazer com isso.3- Pergunte como seus filhos pretendem resolver o problema com o qual se deparam. Para adolescentes e adultos, o melhor é se mostrar compreensivo e “passar a bola” para eles. Isso demonstra que eles podem – e devem – lidar com os problemas contando com o seu apoio, mas sem depender de você.