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Nova fase do Desenrola Brasil renegocia dívidas de até R$20 mil – veja como se preparar para aderir

10/01/2024

  • Comportamento financeiro

Desde a última segunda-feira (20) teve início uma nova etapa do programa Desenrola Brasil que amplia a possibilidade de renegociação de dívidas, permitindo parcelamentos de débitos que chegam até R$ 20 mil, contraídas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022. Vale ressaltar que essas dívidas podem ser de origem bancária ou não, incluindo contas de energia, água e débitos junto ao comércio varejista.

A DSOP tem um curso gratuito de educação financeira para quem quer aderir ao Desenrola Brasil

O Desenrola Brasil já deixou sua marca ao atender cerca de2,7 milhões de brasileiros, resultando na expressiva marca de mais de R$ 20 bilhões em dívidas renegociadas. Os descontos médios oferecidos alcançam surpreendentes 83%, podendo, em alguns casos, chegar a incríveis 99%.

 Além disso, o Governo Federal anunciou o “Dia D – Mutirão Desenrola” para esta quarta-feira (22). Durante esse dia especial, os bancos participantes ampliarão os horários de atendimento em parte de suas agências, seguindo suas políticas internas.

É importante que os consumidores saibam calcular como podem negociar e os impactos de financiamentos que as parcelas dessas negociações terão em seus orçamentos, antes de fechar acordos, pois, na maioria dos casos, a solução é momentânea e as pessoas não conseguem arcar com os acordos firmados.

Caminhos para mudança

A solução para sair dessa situação é fazer um levantamento detalhado de todas as dívidas em atrasos, priorizando as que possuem bens de valor como garantia e evitar o corte de serviços indispensáveis. Deve-se também priorizar as dívidas que têm as taxas de juros mais altas. Provavelmente serão as dos empréstimos adquiridos junto ao sistema financeiro.

Importante não fechar acordos que não se possa cumprir, senão houver possibilidade de acordo com a instituição financeira ou se a parcela negociada não couber no orçamento, será melhor poupar para que, quando for procurado pelas empresas de recuperação de crédito contratadas pelos bancos, tenha melhores condições de negociar a quitação em valores menores.

Enfim, por mais que acredite que chegou ao fundo do poço, sempre haverá alternativas; para isso, basta ter perseverança e criar uma estratégia para reverter a situação. Nunca se esquecendo, é claro, de projetar os sonhos para o futuro.

Para ajudar as famílias nessa situação, veja abaixo 7 passos preparados para sair das dívidas definitivamente:

 1- Colocar na ponta do lápis todas as dívidas que possuir, separando as que correspondem a serviços e produtos de necessidade básica, que não podem ser cortados (como água, energia elétrica, gás e aluguel) e as que sofrem juros mais altos (como cartão de crédito e cheque especial),considerando essas como prioridade para pagamento. Antes de sair se enrolando para pagar, faça um diagnóstico financeiro, para saber como pode diminuir as despesas mensais, fazendo sobrar dinheiro para pagar as dívidas em atraso;

2- Anote todos os gastos que tiver, separando por tipo de despesa. Isso inclui gastos “pequenos”, que podem até ser considerado menos importantes, como gorjetas e guloseimas, pois no final do período será possível compreender de que forma, efetivamente, seu dinheiro está sendo gasto. Reflita sobre os hábitos e comportamentos que o levaram a chegar nessa situação, assim saberá o que deve mudar e quais gastos irá reduzir ou eliminar;

3- Tenha em mente que só se deve negociar uma dívida quando se tem condições de fazer isso, ou seja, após se planejar, pois um passo precipitado pode até piorar a situação. Portanto, só se deve procurar um credor, quando já souber quanto terá disponível mensalmente para pagar e, então, poder negociar;

4- Trocar uma dívida pela outra nem sempre é a melhor alternativa. É claro que o programa Desenrola Brasil, por exemplo, oferece juros baixos em comparação ao cartão de crédito, cheque especial e financiamentos, contudo, é preciso entender o que estão relacionados e esses acordos, pois eles podem desencadear novos endividamentos e problemas ainda maiores, virando uma bola de neve;

5- Para não agravar a situação, antes de realizar qualquer compra, se faça algumas perguntas como “Eu realmente preciso desse produto?”, “O que ele vai trazer de benefício para a minha vida?”, “Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência, baixa autoestima ou influência de terceiros?”. Ao fazer isso, terá uma grande surpresa sobre a quantidade de coisas adquirida apenas por impulsividade;

6- Em momentos de crise financeira, que são passageiros, é importante resgatar sonhos, objetivos que realmente importam e que farão a pessoa ter ainda mais motivos para “dar a volta por cima”. É preciso relacionar no mínimo três sonhos: um de curto prazo (a ser realizado em até um ano), um de médio prazo (entre um a dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos), sendo que um deles deve ser o de sair das dívidas;

7- Com os números do diagnóstico financeiro em mãos, é possível conhecer a sua força de poupança após os cortes para realizar o sonho de sair das dívidas sem que tenha que fazer outra dívida. Mês após mês, é preciso aplicar esse dinheiro em um investimento que seja coerente ao tipo de objetivo (prazo) e ao perfil do investidor. Caso tenha dificuldade para investir, é válido consultar um especialista.

Curso Gratuito

A DFlix, primeiro Streaming de Educação do Comportamento Financeiro do Brasil, desenvolveu e disponibilizou gratuitamente o curso Desenrola Brasil – Aprenda os prós e contras antes de aderir (https://sistema.dsop.com.br/subscriptions/new?event_id=3824&hash_public_link=curso-pocket-desenrola-brasil35-06-07-2023&user_id=6).O conteúdo foi preparado para proporcionar uma visão estratégica aos interessados em aderir ao programa que visa limpar o nome de brasileiros inadimplentes. Com isso os participantes poderão aderir de forma adequada ao programa e também se organizarão para o pagamento dos compromissos assumidos.

Assim, esse curso é essencial para todos aqueles que desejam aderir ao programa “Desenrola Brasil” e também para aqueles que não precisam. Afinal, ele fornecerá orientações para que essa medida seja efetiva e realmente transforme a saúde financeira das pessoas.

Reinaldo Domingos, PhD em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin) e da DSOP Educação Financeira, autor do livro Terapia Financeira e outras obras relacionadas à educação financeira.

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