A previdência privada é a escolha certa? Saiba como definir.
04/03/2022
- Economia
A previdência privada é um mercado diversificado. Os produtos oferecidos possuem estratégias com níveis de riscos diferentes, além de soluções personalizadas, a fim de atender o objetivo do perfil de cada indivíduo.Neste artigo, você aprenderá a definir se a previdência privada é a escolha correta. Confira:
Indicadores da previdência privada no Brasil
Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), no terceiro trimestre deste ano (2022), os planos de previdência privada no país chegaram a cerca de R$ 41,7 bilhões.
Essa é uma alta de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, atualmente, esse é um setor que mostra bastante aquecimento e crescimento.
O Plano de Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é um dos produtos mais contratados pelos brasileiros. Os números do VGBL chegam a cerca de R$ 38,9 bilhões em prêmios e contribuições, se comparado ao terceiro trimestre do ano passado, esse é um crescimento de 19,8%.
Já o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), possui cerca de R$ 2,6 bilhões em contratos.Entretanto, segundo especialistas, mesmo com números altos, a previdência privada não é um investimento indicado para todos os perfis.
Saiba se a previdência privada é o investimento indicado para o seu perfil
Segundo João Batista Ângelo, membro da Fenaprevi, antes de iniciar o investimento, é fundamental saber por quanto tempo o indivíduo pretende manter o dinheiro guardado.
Pois, a previdência privada é um plano que beneficia pessoas que desejam algo a longo prazo.
Quem espera por retorno mais rápido, o recomendado é investir em alíquotas menores no curto prazo. Portanto, compreendemos que a previdência privada não é um produto com competitividade absoluta.
A previdência privada é uma excelente opção para quem quer acumular valores e uma das grandes vantagens de quem opta por este investimento são os benefícios fiscais e a facilidade na sucessão de bens.
Benefícios fiscais da previdência privada
Um dos critérios para aproveitar os benefícios fiscais da previdência privada é o tempo.Quem opta pela tributação pela tabela regressiva, os juros do imposto de renda diminui de acordo com o tempo em que os recursos permanecem aplicados.
Saque em:
10 anos: juros de 10%;
Até dois anos: juros de 35%.
Outros investimentos possuem percentuais de imposto de renda que podem variar entre 15% a 27,5%. Como na Tributação Progressiva, onde os juros iniciam em 7,5%, chegando até 27,5%, além da parcela a deduzir de cada faixa, e nesse caso, a porcentagem muda de acordo com a renda do investidor.
Como na Tributação Progressiva, onde os juros iniciam em 7,5%, chegando até 27,5%, além da parcela a deduzir de cada faixa, e nesse caso, a porcentagem muda de acordo com a renda do investidor.
Previdência privada e a sucessão de bens
A previdência privada é um produto indicado para quem planeja um sucessório de bens, e neste caso, o plano indicado é o VGBL, onde o imposto de renda influenciará o valor que render, e não o valor total.
A DSOP fez uma simulação com um homem de 70 anos, que planeja deixar parte da herança para os netos. Considerando um patrimônio de R$ 5 milhões, com este valor aplicado por ano e usando a tabela progressiva, o percentual iria ser de 27,5% sobre a renda.
O plano de previdência privada é indicado neste caso, porque o valor aplicado não passa por inventário.O bônus é que, neste caso, os avós podem definir o percentual para cada neto.
Previdência privada para a aposentadoria.
A previdência privada é o recurso ideal para quem está em busca do dinheiro para complementar a aposentadoria.
O trabalhador que aplica mensalmente R$ 4.000,00 em um Plano VGBL, a partir dos 40 anos, conseguirá se aposentar aos 65 anos com uma renda extra mensal de R$ 10 mil com valores de hoje.
As vantagens são enormes para quem investir na aposentadoria com o prazo de 25 anos.
O Plano VGBL de renda fixa, rende um IPCA de, no mínimo, 6% ao ano, do que um fundo com o mesmo retorno. Ou seja, um resgate de 12% anual.
Previdência privada não é uma boa opção para pagar faculdade dos filhos.
Segundo a educadora financeira da DSOP, Cintia Senna, não é uma boa opção optar pela previdência privada para pagar a faculdade dos filhos, por exemplo. O quesito tempo deve ser avaliado antes de contratar este produto.
O tempo da aplicação mensal para garantir o valor estipulado para pagar as mensalidades de uma faculdade pode superar as expectativas para usufruir do valor.
O impacto do imposto de renda, que é o valor total aplicado, mais a taxa de administração, seria mais interessante escolher outras aplicações, como fundos de investimentos e renda fixa, CDBs, Tesouro Direto (Tesouro IPCA), LCI e LCA, entre outros.
Educação financeira e a previdência privada
A ideia sobre a importância de complementar a aposentadoria não é comum entre os brasileiros, devido à carência de Educação Financeira e à estabilidade econômica das últimas décadas.
Portanto, é importante ensinar as crianças sobre planejamento financeiro, pois isso irá garantir novos hábitos e atitudes, que irão promover a construção de um futuro com uma estrutura financeira promissora.
Por isso, os responsáveis devem educar os pequenos com ensinamentos e ações diárias, já que a educação só pode ser realizada quando os adultos mostram as suas atitudes.
Agora reflita, como você está se preparando para realizar seus desejos de curto, médio e longo prazo? Seus hábitos e comportamentos financeiros estão adequados aos seus sonhos?
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