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Sete ações emergenciais para enfrentar a inflação

04/03/2022

  • Economia

Por: Paulo Fabricio Ucelli

A inflação é uma realidade no Brasil, devendo atingir neste ano o dobro da meta estabelecida pelo Governo Federal. Segundo previsões do relatório “Focus”, divulgado na segunda-feira (11) pelo Banco Central (BC), a expectativa para o IPCA neste ano subiu de 8,51% para 8,59%. A meta era de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%, ou seja, a projeção está acima do dobro da meta de inflação.

“Por mais que possa se argumentar que o mundo está passando por uma alta inflacionária, temos que ver o impacto direto desses números para a população, que é o que mais importa. E infelizmente o resultado vem sendo drástico, com o aumento do endividamento e, o pior, da miséria”, analisa Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN).

O especialista explica que são necessárias estratégias drásticas para combater essa inflação, e mesmo assim serão sentidos os reflexos nas contas. “Os reajustes nos ganhos geralmente são mensais, mas os aumentos dos preços são diários, sendo necessária atenção a cada item de consumo. É preciso reavaliar cada ato de consumo”, explica Domingos.

São muitas as medidas a serem tomadas para o reajuste das finanças, mas algumas devem ser imediatas. O presidente da ABEFIN listou sete dessas:

  1. Energia, água e gás – Banhos longos, luzes acessas e dispositivos ligados na tomada podem consumir muita energia elétrica sem perceber – e esses são gastos que passam despercebidos até o momento de pagar a conta. O mesmo acontece com o uso de água e gás. Economizar no uso desses recursos e tomar mais cuidado ao usá-los vai acarretar uma economia na conta no fim do mês.
  2. Conta de celular, streaming e cabo – As tarifas das operadoras de celular podem aumentar e, por isso, recomendo comparar os valores. Também cuidado com serviços de streaming e tv à cabo, muitas vezes se contratou e não utiliza mais, contudo o gasto continua a corroer as finanças. Um alerta se faz a aplicativos pagos e joguinhos de celular, esses são realmente necessários?
  3. Supermercado – O preço de alguns itens básicos aumentou em grandes proporções, o que pode prejudicar ainda mais o seu bolso. Recomendo fazer uma lista de compras com os itens que são realmente necessários e optar por marcas mais baratas. Tome cuidado também com as promoções: às vezes pode parecer vantajoso levar produtos em maior quantidade pelo preço de um, mas você pode estar desperdiçando dinheiro.
  4. Reutilize – Roupas, por exemplo, são itens que podem ser reutilizados criando novas peças, o mesmo pode ser feito com vários produtos, até alimentos. Assim você consegue economizar – e esses não são produtos baratos. A recomendação é que você pense em todos os outros itens de sua casa que podem ser reutilizados e não gaste duas vezes.
  5. Gastos com lazer – Um dos gastos mais fáceis de controlar são os relacionados a passeios, restaurantes e lazer no geral. Com a inflação, os passeios ficam cada vez mais caro – e por isso é recomendado evitar passeios mais custosos. Dê preferência a opções de lazer mais baratas, a diversão pode ser a mesma.
  6. Pequenos gastos – Esses são os grandes vilões dos orçamentos e como são gastos pequenos, eles passam despercebidos e, ao final do mês, o valor total pode ser surpreendente. O melhor é evitar pequenos excessos de todos os dias como vários cafés e lanchinhos, e até a cervejinha, pois isso pode consumir boa parte de sua renda.
  7. Carro – O combustível é um dos vilões dessa alta inflacionária, assim, é preciso otimizar esse gasto. Faça uma análise, ´pode ser mais econômico deixar de usar o carro no dia a dia e optar pelo transporte público, ou mesmo pode ser vantajoso usar aplicativos de transporte e vender o veículo. Mais uma opção pode ser compartilhar viagens e dividir as despesas. Outro fator que deve sempre lembrado é de manter o carro revisado para evitar gastos com manutenção.

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