O Setembro Amarelo é a campanha nacional de prevenção ao suicídio, realizada todos os anos para incentivar o diálogo e a conscientização sobre saúde mental. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 12 mil brasileiros perdem a vida por suicídio anualmente, o que representa 38 mortes por dia. Além disso, a Agência Brasil revelou que mais de 30 internações diárias são registradas no SUS por tentativas de suicídio.

Esses dados reforçam a gravidade do problema e a necessidade de abordagens amplas que envolvam educação, acolhimento e apoio emocional.

Educação Financeira e bem-estar emocional

A campanha Setembro Amarelo também nos convida a refletir sobre fatores que influenciam diretamente a saúde mental. Entre eles, está a forma como o dinheiro é administrado. Quando não existe clareza sobre ganhos, gastos e planejamento, sentimentos de insegurança tendem a se intensificar. Assim, a ansiedade causada pela desorganização financeira pode se tornar um gatilho para problemas emocionais mais graves.

Por outro lado, quando a Educação Financeira é incorporada à rotina, a sensação de estabilidade aumenta. É criado um ambiente de maior tranquilidade, no qual os sonhos e necessidades podem ser alcançados de forma mais estruturada. Assim, a Educação Financeira se torna um recurso essencial para fortalecer a autoestima e reduzir a sobrecarga emocional.

De acordo com o presidente da DSOP Educação Financeira e da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN), Reinaldo Domingos, a sociedade precisa aprender sobre o tema desde a infância. “É necessário ensinar Educação Financeira na escola, desde o Ensino Infantil, para que as próximas gerações saibam como lidar com o dinheiro de forma saudável e sustentável”, diz o PhD. em Educação Financeira.

Além disso, o dinheiro é um fator central, também, no bem-estar no trabalho. “A saúde financeira é um pilar fundamental para a saúde mental. Quando o salário não é suficiente para atender aos sonhos e necessidades ou quando falta organização financeira, a consequência é insatisfação, desmotivação e queda de produtividade”, afirma.

Como o Setembro Amarelo se conecta ao cuidado com o dinheiro

Planejamento como forma de prevenção

O Setembro Amarelo lembra que prevenir é sempre o melhor caminho. Da mesma forma, quando há planejamento financeiro com antecedência, evitam-se situações de estresse. Essa atitude oferece clareza sobre o presente e segurança em relação ao futuro.

Redução da ansiedade

O estresse financeiro é apontado por pesquisas como um dos principais fatores de ansiedade no Brasil. Quando metas e limites são definidos, a sensação de desamparo tende a ser reduzida. Sendo assim, essa organização funciona como uma ferramenta de cuidado com a saúde mental.

Estímulo ao diálogo e à esperança

Durante o Setembro Amarelo, campanhas reforçam a importância de conversar sobre dificuldades emocionais. Da mesma forma, ao falar sobre Educação Financeira em família ou na escola, abre-se espaço para diálogo e construção conjunta de soluções. Esse movimento fortalece vínculos e estimula a esperança.

Apoio disponível no Setembro Amarelo

O Setembro Amarelo também é marcado pela divulgação de canais de acolhimento. O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza atendimentos gratuitos e sigilosos pelo telefone 188 ou pelo site oficial. Esse suporte está disponível todos os dias, 24 horas por dia, e representa um apoio fundamental para pessoas em sofrimento.

O Setembro Amarelo mostra que a prevenção do suicídio deve ser entendida como responsabilidade de toda a sociedade. Ao integrar Educação Financeira e saúde mental, a campanha se torna ainda mais significativa. Quando há clareza sobre os ganhos e gastos, a tranquilidade emocional é fortalecida e a esperança é mantida. Dessa forma, vidas podem ser preservadas e o bem-estar coletivo é promovido.