Em momentos de instabilidade econômica no país, muitas vezes ficam perdidas sobre o que fazer e como proteger suas finanças. Isso acontece pela falta de educação financeira da população, que nunca foi ensinada a como agir corretamente em relação ao uso e à administração do dinheiro que passa por suas mãos ao longo da vida.
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Mas, embora a situação possa preocupar, o importante é ter em mente que não há motivo para desespero; a saída é buscar se educar financeiramente, tomar as rédeas da vida financeira e traçar objetivos. Parece que não, mas é exatamente nas horas difíceis que temos que nos concentrar em nossas metas. Uma pessoa sem foco fica mais suscetível a se acomodar e se render a impulsos consumistas.Portanto, independente da situação financeira em que se encontra, relacione, no mínimo, três sonhos: um de curto (até um ano), um de médio (de um a dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos). Saiba quanto cada um custa e quanto você poderia separar mensalmente para essas finalidades. São os sonhos que nos movem e, sem eles, a vida perde o sentido.Para quem está endividado, claro que um desses objetivos pode e deve ser o de quitar esses compromissos, no entanto, não deve ser o único. Para isso, desenvolvi algumas orientações às pessoas que ainda não são educadas financeiramente, mas que estão querendo saber por onde começar.Livre-se das dívidas – embora muitos achem que não, esse é um bom momento para começar a pagar suas dívidas remanescentes, até porque, os credores sabem da época difícil e estão mais dispostos a negociar. Claro que essa situação é algo pontual, ou seja, você estará resolvendo o problema, mas não a causa dele.Faça uma faxina financeira – boa parte das famílias não sabe, mas há um desperdício nas contas domésticas de, em média, 25%, dado que comprova que é possível cortar ou diminuir despesas. Para fazer isso, é preciso realizar um bom diagnóstico financeiro, ou seja, anotar, durante 30 dias, todos os gastos. Para quem tem ganhos variáveis, o apontamento dessas despesas pode ser feito por 90 dias.Tenha sonhos – infelizmente, muita gente deixou faz tempo de ter sonhos/objetivos. E não é porque estamos em um período de crise que temos que deixar eles de lado, muito pelo contrário, pois são eles que nos movem e, de quebra, nos ajudam a gastar menos por impulso, que levam ao endividamento inconsciente. Por isso, relacione três sonhos – de curto (até um ano), médio (de um a dez anos) e longo (acima de dez anos) prazo –, pesquise para saber quanto custam e analise o orçamento para saber quanto poderá poupar por mês.Mude a maneira de fazer o orçamento – a maneira como a maioria das pessoas é acostumada a fazer orçamentoé: Ganhos (-) Gastos = Lucro/Prejuízo, o que é um erro, pois em nenhum momento se relaciona os sonhos. Dessa maneira, a rotina se resume a ganhar e gastar dinheiro, sem nenhum planejamento ou realização de vida. Portanto, o jeito certo é: Ganhos (-) Sonhos (-) Gastos, ou seja, primeiro separa o dinheiro dos objetivos, depois adequa o padrão de vida ao que sobrar.Aprenda a investir – com a alta de juros, agora, é um bom momento para quem que investir, contudo, o grande erro que observo é a ideia de poupar sem motivo e buscar sempre o melhor rendimento. No mercado financeiro, existem diversas opções de aplicação em ativos financeiros com riscos diferentes. A orientação é procurar variar o investimento de acordo com o tempo que utilizará o dinheiro. De forma geral, o risco de uma aplicação financeira é diretamente proporcional à rentabilidade desejada pelo empreendedor, ou seja, quanto maior o retorno estimado pelo tipo de aplicação escolhida, maior será o risco, por isso, é preciso cautela.